TUDO SOBRE OS ÓLEOS ESSENCIAIS



ÓLEOS E ESSÊNCIAS
Historicamente, estes produtos fazem parte de
uma mesma rubrica dividida em duas classes: os
óleos essenciais e os fixos.
ÓLEOS ESSENCIAIS
Os óleos essenciais (essências) são aqueles que,
quando deixados em contato com o ar, desaparecem
completamente por volatização. Seja ele de origem
vegetal, como a essência de aspic, ou mineral, como
a essência de petróleo, são considerados em pintura,
como diluentes voláteis.
ÓLEOS FIXOS
Os óleos fixos nunca se evaporam ou volatilizam
completamente. Quando são mantidos em contato
com o ar, eles podem permanecer fluidos, como
ocorre com o óleo de oliva (azeite) e de amendoim,
que são óleos não secativos.
Outros tipos de óleos fixos são secativos, ou seja,
se solidificam lentamente como o óleo de linhaça e
de papoula, e servem para a maceração de pigmentos
para a fabricação de cores a óleo.
TIPOS DE ÓLEOS
Excetuando-se o óleo das oliveiras (azeite)
extraído da polpa do fruto e o óleo de peixe, todos
os demais óleos utilizados em arte são extraídos de
grãos. São vários: óleo da madeira da China, óleo
de cártamo, óleo de semente de cânhamo, óleo de
linhaça, óleo de nozes, óleo de papoula, óleo de
rícino, soja e girassol.
É comum denominarmos como sendo óleos,
as substâncias líquidas viscosas em temperatura
ambiente, com toque gorduroso, insolúveis na
água, os combustíveis que formam sabão quando
em contato com alcalinos. São, em sua realidade
química, triglicerídeos.
Óleos de diversas procedências são empregados na
confecção de tintas a óleo, como vemos na foto ao
lado, da esquerda para a direita: óleo de papoula, de
nozes, de linhaça e óleo negro.
O óleo de cártamo é a nova tendência nas
indústrias de tintas a óleo para artistas, segundo Jean-
Roch Sauer (Sennelier) e Caetano Ferrari.
O óleo de nozes foi muito empregado no século
XVI nas pinturas europeias, conforme estudo dos
aglutinantes (ligantes) feitos nas obras antigas da
National Gallery de Londres. No século XVIII, este
óleo foi substituído pouco a pouco pelo óleo de
linhaça, sem desaparecer totalmente.
No século XX, o óleo de papoula, que possui
pouca cor, foi escolhido pelos industriais, pois suas
qualidades pouco secantes oferecem menores riscos
de endurecimento nos tubos. Este óleo, no entanto,
não possui todas as qualidades para esta utilização,
segundo Yves Claudel.
Este pintor, cujas pinturas revelam profundo
domínio técnico a óleo, efetuou uma longa e
profunda pesquisa e faz uma descrição muito
reveladora das origens do óleo negro na pintura,
descrevendo como os pintores, descontentes
com os materiais de sua época, testaram os óleos
empregados por farmacêuticos em emplastros, e
neles encontraram as características de secatividade
desejadas para a pintura.
Na atualidade, a maioria dos pintores já
abandonou a maceração dos pigmentos no
ateliê, dependendo exclusivamente dos tubos
industrializados. O menor emprego de óleo de
nozes é citado em 1699, por Philippe de La Hyre,
e seu menor emprego na atualidade possui razões
financeiras: o óleo de linhaça é mais barato e é
produzido em grande quantidade. Como a produção
de óleo de linhaça passou a crescer, todo um aparato
de divulgação foi montado para vender o produto
como sendo o melhor, ressaltando suas propriedades
positivas.
No entanto, a maior parte dos textos antigos dá
preferência ao óleo de nozes sobre o óleo de linhaça,

ÓLEO DE LINHAÇA
O óleo de linhaça é obtido pela compressão dos
grãos da linhaça previamente grelhados. O óleo de
linhaça é secativo e resistente, mas tem tendência a
amarelar durante a secagem. Por esta razão, deve ser
empregado para a maceração das cores mais escuras
da paleta, e para os pigmentos menos sicativos, como
o negro de marfim.
ÓLEO DE LINHAÇA CLARIFICADO
O óleo de linhaça clarificado é obtido com
um tratamento natural, que consiste em um
repouso prolongado sem contato com o ar, que lhe
proporciona transparência.
ÓLEO DE LINHAÇA DESCOLORIDO
Obtido por um tratamento artificial, sob a ação
absorvente de certas terras naturais. É puro, secativo
e amarela levemente.
ÓLEOS COZIDOS, POLIMERIZADOS
(standoils )
Standoils é uma palavra que deriva do Alemão
e do Holandês que, em ambos os casos, quer dizer
“óleo que sobra”. Este termo designava os óleos
crus, que eram deixados em repouso longamente
em tonéis de madeira, para decantar as matérias
mucilaginosas e impurezas. São óleos que passaram
por um tratamento térmico (polimerização com
calor) para a melhoria de suas qualidades. Existem
em diversas variantes e alguns híbridos.
Em 1773, J. Wattin escreveu:
- “O óleo natural não seria
bom para os vernizes se não o
trabalharmos, ou seja, se não
proporcionarmos a suas partes
uma nova maneira de combinarse
para que se tornem secativos,
possibilitando que o verniz esteja
pronto a secar. É esta combinação
que operamos, tornando o óleo
gordo ou secativo”...
Alguns óleos cozidos
industrializados podem conter um
secativo (sais metálicos como o
óxido de chumbo ou manganês),
um ligante e aditivos utilizados em
pequenas doses, aproximando-se dos
aglutinantes utilizados pelos mestres antigos.
A cor e o aspecto dos óleos cozidos dependem do
modo de sua preparação.
Possui uma alta viscosidade e não deve ser
utilizado sem a adição de outros óleos e médiuns.
ÓLEO DE PAPOULA
Extraído dos grãos da papoula, é menos secativo
que o óleo de linhaça, porém amarela menos, quando
seca sob a ação do tempo. Esta característica o torna
ideal para a maceração dos pigmentos mais claros.
SECAGEM DOS ÓLEOS
Não é correto falarmos em “secagem” dos óleos. O
que ocorre realmente, é a oxidação; uma combinação
do óleo com o oxigênio do ar que ocasiona o
aumento de peso e de volume e a formação de uma
película seca.
Esta transformação ocorre mais facilmente ao
ar livre, em plena luz, em ambiente seco, com
temperatura elevada.
Quando mantido na obscuridade, no período de
oxidação, o óleo adquire uma cor amarelada que é
mais pronunciada em presença de umidade. O óleo
de linhaça é muito sensível a este efeito.
Fonte :www.sergioprata.com.br

IMPORTÃNCIA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS NA SAÚDE
As pesquisas indicam que o ômega 3, conhecido cientificamente como ácido graxo poliinsaturado (AGPW-3), ou simplesmente W-3, quando incorporado à alimentação torna-se um importante aliado na prevenção de doenças do coração. Além disso, funciona como alternativa aos medicamentos antiinflamatórios. "O W-3 colabora em 50% na redução de doenças do coração e também auxilia em 40% na diminuição das inflamações", diz o professor Roberto Carlos Burini, chefe do Centro de Metabolismo e Nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), câmpus de Botucatu. De acordo com estudos realizados com pacientes portadores de retocolite ulcerativa, pênfigo foleáceo (fogo selvagem) e artrite reumatóide, que se transformaram em motivo de teses da Unesp, os efeitos biológicos do W-3 são caracterizados pela diminuição dos níveis de colesterol e, principalmente, de triglicérides.

Os trabalhos comprovaram a diminuição da coagulação sangüínea pela menor adesividade plaquetária e uma melhora no revestimento dos vasos sangüíneos, além da produção de compostos antiinflamatórios. Em Rio Preto, há algum tempo profissionais de saúde têm recomendando o uso dos óleos essenciais aos seus pacientes, não apenas em funçao do problema do olho seco, mas também em diversas situações. Entre os médicos que indicam o uso de ácidos graxos para tratar o olho seco está o oftalmologista Benício Dini de Mendonça. Ele diz que após acompanhar a cura do médico americano Davi Mc Intyre, que sofria de olho seco, não lhe resta dúvidas sobre a importância do ômega-3 neste tipo de tratamento. "Perdi a conta do número de casos que já tratei e que obtiveram ótimos resultados. Não tenho dúvidas em orientar meus pacientes a fazer uso do óleo de linhaça para lubrificar o globo ocular", diz.

Segundo Mendonça, a linhaça é benéfica principalmente em pacientes em casos ligados a doenças reumatológicas. Na opinião do médico, esta medida tem sido muito importante, em especial para pacientes de baixa renda, pois evita seqüelas em pessoas que sofrem o problema e podem ter a doença agravada pela ausência do colágeno e ressecamento ocular. O médico biomolecular Pedro Cesar Martins, de Rio Preto, é outro que prescreve a ingestão de óleos de linhaça e girassol (duas a três vezes por semana) para quadros clínicos como resistência insulínica, depressão, tensão pré-menstrual e hipertensão moderada.


POSOLOGIA : Ômega 3 pode ser tomado em cápsula(1 ou 2 gramas por dia) ou na alimentação.







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