CONSUMO DE BEBIDAS ENERGÉTICAS PODE CAUSAR ARRITMIA CARDÍACA E AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL


Cada lata do energético Monster Energy Drink tem 240 miligramas de cafeína
Cada lata do energético
Monster Energy Drink
tem 240 miligramas de cafeína

As mortes de cinco pessoas que consumiram o energético Monster Energy estão sendo investigadas pela FDA, agência que regula alimentos e remédios nos Estados Unidos. Entre os incidentes está o de uma menina de 14 anos, que morreu de arritmia cardíaca depois de tomar latas grandes do energético por dois dias consecutivos.
Em entrevista ao colunista Jairo Bouer, a cardiologista Denise Hachul, médica do Instituto do Coração e diretora da sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca, explica que a cafeína, principal substância presente nos energéticos, estimula o sistema nervoso central e aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial. O abuso na quantidade ingerida e a existência de alguma doença cardíaca podem ter como consequência a morte súbita.

A FDA, agência que controla a comercialização de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (23) que vai investigar se cinco mortes no país estão relacionadas ao consumo de bebida energética. O órgão decidiu abrir o inquérito após receber a denúncia da mãe de Anais Fournier, que morreu em 23 de dezembro do ano passado após sofrer uma arritmia cardíaca.
Segundo o advogado da família de Maryland, a jovem de 14 anos teve uma parada cardíaca enquanto assistia a um filme na TV. Ela foi levada ao hospital inconsciente, mas morreu, segundo a autópsia, pelo excesso de cafeína no organismo que impediu seu coração de bombear sangue.
Anais tomou, em um período de 24 horas, duas latas grandes de 24-oz (cerca de 750 mililitros) que contêm cerca de 240 miligramas de cafeína cada - ou sete vezes mais a quantidade de estimulante da lata de 350 mililitros de refrigerante de cola.
Desde então, os pais tentam provar que a morte da sua filha está ligada ao consumo do energético Monster Energy Drink. Segundo eles, a empresa Monster Beverage falhou em não alertar sobre os riscos da bebida - a marca responde por mais de 30% do mercado e só fica atrás da gigante Red Bull nos Estados Unidos. Além da investigação da agência, a Monster Beverage também está sendo processada pela família de Anais. Um porta-voz da empresa disse que seus produtos eram seguros e que a marca desconhecia qualquer fatalidade causada por suas bebidas.

Misturar álcool com energético é um perigo para o coração, alertam cardiologistas

O energético pode potencializar os efeitos da bebida alcoólica e fazer com que o usuário tenha um julgamento errado sobre seu estado de embriaguez
O energético pode potencializar os efeitos da
bebida alcoólica e fazer com que o usuário
tenha um julgamento errado sobre seu estado
de embriaguez

O relato de pais e médicos e pesquisas sobretudo americanas chamam a atenção para um hábito comum no Carnaval, mas arriscado: tomar bebida alcoólica com energético. Segundo o cardiologista Luciano Vacanti, a mistura potencializa o risco de arritmias, pois as duas substâncias “irritam” o músculo do coração (o miocárdio). Ele afirma, ainda, que há casos descritos nos Estados Unidos de adolescentes que, após ingerirem energéticos, desenvolveram taquicardias que precisaram ser revertidas nos hospitais.
O médico Anthony Wong, chefe do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (SP), relata que este é um hábito que está virando uma epidemia mundial. “Pior que quanto mais jovem é a pessoa menos controle ela tem sobre as bebidas alcoólicas. É necessário tomar uma atitude de controle por parte das autoridades com o crescente abuso dessa associação”, opina.
Há vários motivos apontados pelos consumidores para se misturar as bebidas. Entre eles, disfarçar o gosto do álcool (principalmente no caso de destilados), além de esticar a balada. Por ser estimulante, o energético carrega o mito de anular os efeitos depressivos do álcool, o que é verdade em parte porque a bebida reduz a sensação de sonolência, mas os reflexos continuam mais lentos sob o efeito do álcool.

Percepção alterada

Pesquisas vêm comprovando que o consumo de álcool com energéticos pode estimular o alcoolismo, dar mais disposição para beber (a pessoa fica mais tempo em uma balada ou bar bebendo, por exemplo) e tornar o indivíduo mais suscetível aos problemas relativos ao consumo de álcool (machucam-se mais ou sofrem mais acidentes, necessitam de ajuda médica ou enfrentam problemas sexuais).
Alexandre Clemente Chame, de 36 anos, percebeu alguns desses sintomas após abusar na dose de energéticos em uma casa noturna. “Não costumo beber destilado, mas como meus amigos tinham comprado uma garrafa, resolvi tomar a bebida com energético para acompanhar. Percebi principalmente que fiquei até mais tarde na balada, costumo ir embora mais cedo, e acabei esticando até umas cinco da manhã. Daí bebi bem mais que de costume. No dia seguinte, a ressaca foi pior. Na hora até pensei: ‘esse negócio’ ajuda a não bater o carro na volta porque eu parecia estar mais desperto, mas depois percebi que poderia ter sido até pior, pois eu achava que estava normal para dirigir”.
Um dos maiores riscos dessa combinação é realmente o de mascarar os sintomas. De acordo com a psicoterapeuta Ilana Pinsky, professora do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), não sentir os efeitos do álcool pode parecer bom, mas não é. É uma maneira de tapear o que o corpo está sentindo. “A pessoa não fica tão bem quanto pode pensar, pode dirigir de maneira arriscada, e os órgãos do corpo são afetados da mesma maneira, ela sentindo ou não”.

Advertências

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, a venda de energéticos é autorizada no Brasil desde 1998, após a avaliação da agência sobre a segurança dos produtos. “Não existe nenhuma proibição quanto a comercialização dessas bebidas por parte da Comunidade Europeia e as mesmas estão dispensadas de registro na Anvisa”.

O que diz o fabricante

O fabricante de um dos energéticos mais populares do mercado, o Red Bull, diz que, “em relação ao uso associado ao álcool, não há nenhum indício de que o Red Bull® Energy Drink tenha qualquer efeito (positivo ou negativo) associado ao seu consumo. Isto foi confirmado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês), em comunicado de 2009, que concluiu não haver interação entre a taurina, a glucoronolactona, a cafeína e o álcool, mesmo durante atividade física”.

A empresa também alega que um consumo moderado de cafeína (menos de 400 mg por dia, o que equivalente a 5 latinhas do energético) não afeta negativamente a saúde cardiovascular. E completa: “o Red Bull® Energy Drink é vendido em mais de 160 países porque autoridades de saúde do mundo todo concluíram que o mesmo é de consumo seguro”.
No entanto, há requisitos específicos de composição: taurina: máximo 400 mg/100 ml; cafeína: máximo 35 mg/100 ml; álcool etílico: máximo 0,5 ml/100 ml; inositol: máximo 20 mg/100 ml; clucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml.
Além disso, as embalagens devem conter obrigatoriamente as seguintes advertências, em destaque e em negrito: "Crianças, gestantes, nutrizes, idosos e portadores de enfermidades: consultar o médico antes de consumir o produto" e "Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica".
Segundo a Anvisa, os primeiros alertas se devem ao fato de o produto ter uma “elevada quantidade de cafeína em sua formulação”. Já a restrição à associação com álcool é feita, pois “pode potencializar os efeitos da bebida alcoólica e fazer com que o usuário tenha um julgamento errado sobre seu estado de embriaguez (tem a percepção de que não está bêbado, mas os efeitos deletérios do consumo de álcool sobre a coordenação motora continuam)”.

Mais vulneráveis

O cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb fecha a questão dizendo que o problema está no uso indiscriminado dos energéticos sem que se saiba dos riscos. “As pessoas não costumam ler os rótulos e, se não tivesse qualquer tipo de perigo, não teriam advertências nas embalagens dos produtos. O risco maior está na dose, principalmente para quem tem sensibilidade à cafeína ou predisposição às arritmias ou faz parte do grupo citado nas embalagens (crianças, idosos, nutrizes, grávidas, com problemas de saúde)”.
Ghorayeb alerta para as pessoas ficarem atentas a sinais de maior sensibilidade, como palidez, aceleração do coração, aumento da pressão, etc.. “A intoxicação por cafeína é manifestada pela presença de ansiedade, insônia, desconforto no estômago, tremores, taquicardia, agitação e até raros casos de morte foram descritos na Austrália, Irlanda e Suécia”, acrescenta Vacanti.

"Enganar" o sono

Para os pais, Ilana Pinsky recomenda que a informação é a maior arma contra o problema. “É essencial conhecer o que é energético, suas propriedades, o que é considerado um excesso de consumo. E conversar com os filhos sobre isso, informar-se primeiro para depois informar o filho”, aconselha a psicoterapeuta.
Ilana completa explicando que faz parte da característica da nossa sociedade tentar burlar o que estamos sentindo e se faz isso de uma maneira excessiva, o tempo todo, e não só na questão do álcool. Talvez esta também possa ser a explicação para o consumo crescente de energéticos, uma busca por “enganar” o sono, a timidez (no caso da associação com o álcool) e o corpo, prolongando a sensação de diversão na balada ou a malhação na academia.
Mas é preciso lembrar que o preço pode ser caro demais. Recentemente, pediatras americanos anunciaram que, nos últimos anos, já foram registrados mais de 2,5 mil casos de internações e atendimentos por intoxicação por cafeína em menores de 19 anos. E já que essa associação é prática comum e permitida, por enquanto não há outro jeito: quem deve ficar alerta e moderar na dose é o consumidor!

Achar que energético melhora performance é um equívoco, dizem especialistas

Com a promessa de trazer mais disposição e aumentar a performance atlética, as bebidas energéticas registraram um saldo de vendas fora do comum nos últimos cinco anos. Entre 2006 e 2010, o consumo dos chamados energéticos cresceu 325%, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir). Em meio aos recordes de vendas, a cada ano surgem novas evidências indicando que o consumo exagerado do produto pode resultar em problemas de saúde, sobretudo do coração.
Entre os alvos do marketing de energéticos estão os atletas e os adeptos da malhação. “A propaganda exalta várias vantagens com o uso dessas bebidas, como melhora da performance, concentração, velocidade, tempo de reação e aumento do metabolismo. Isso induz o consumidor a pensar que quanto mais tomar energético maior será o benefício, enquanto na realidade maiores serão os riscos”, esclarece o cardiologista e especialista em medicina do esporte, Luciano Vacanti.
O também cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb diz que não recomenda mais de 3 ou 4 doses de café (ou qualquer outra fonte de cafeína) por dia. “E é bom lembrar que vários alimentos possuem cafeína; além do café e dos energéticos tem também o chocolate, o chá preto, o chá mate, os refrigerantes de cola etc.”, acrescenta.
Outra conta importante é que uma latinha de energético tem em média a mesma quantidade de cafeína que uma xícara de café; 80 mg. Mas há produtos que tem mais do que isso.
Desempenho prejudicado
Além da quantidade, outro mito em relação aos energéticos é o aumento do desempenho do atleta. De acordo com Ghorayeb, os atletas precisam ficar atentos a algumas questões. “Essas bebidas atrapalham o ritmo do coração aos treinamentos. Os energéticos estimulam o coração a acelerar de forma não fisiológica (uma resposta natural seria uma forte emoção ou a prática de exercícios por si só, por exemplo); é como acelerar o motor do carro sem nenhuma necessidade”, alerta o cardiologista.

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A cafeína presente nos energéticos pode causar tolerância, ou seja, é preciso uma dose cada vez maior para se obter o efeito estimulante
A cafeína presente nos energéticos
pode causar tolerância, ou seja, é
preciso uma dose cada vez maior
para se obter o efeito estimulante

Não confunda energético com isotônico

Muitos frequentadores de academia e adeptos da malhação também confundem energético com isotônico. Segundo a nutricionista Patricia Rebelo, os dois produtos são bem diferentes. “Os isotônicos atuam na recuperação de carboidratos e eletrólitos que nosso corpo perde durante o exercício, enquanto os energéticos promovem a desidratação do corpo”. Isso porque a cafeína também age no aumento da temperatura corporal e é diurética, faz os rins trabalharem mais.

Rebelo também explica que o carboidrato presente nos isotônicos (frutose e glicose) é mais bem utilizado pelos músculos. Já o energético é uma fonte de energia vinda da sacarose, carboidrato que não é bem tolerado durante o exercício porque causa gases em sua digestão. “Outro problema para a prática esportiva é a quantidade de cafeína dos energéticos, pois aumentam o batimento cardíaco e, portanto, são ruins para treinos aeróbicos”, adverte a nutricionista.
Como médico, Ghorayeb diz não recomendar o uso de nenhum estimulante, incluindo energéticos, para aumentar a performance atlética. “Quem usa estimulantes nas provas engana sua verdade física. O ideal é ter essa energia guardada no organismo sob a forma de carboidrato, gordura, etc., ou seja, fazer uma alimentação conveniente organizada por um nutricionista”, aconselha.
O cardiologista adverte ainda para o fato de que há muita confusão envolvendo o conceito de energia. “Energia é a força que o músculo precisa para se movimentar. Isso só se consegue com uma alimentação balanceada e o que dá energia de fato para o organismo não é a cafeína presente nos energéticos e sim o carboidrato, esclarece Ghorayeb.
Para melhorar a concentração e a disposição em geral, Vacanti recomenda uma vida em equilíbrio e inteligência emocional, com respeito às limitações individuais, como a necessidade de um sono reparador, a prática de atividade física regular e uma alimentação balanceada com grandes porções de frutas, legumes e verduras.

Falsa sensação

É comum jovens tomarem energéticos às vésperas das provas ou pessoas recorrerem a eles para trabalhar por mais tempo, adiando a chegada do sono, porém nem sempre isso dá certo. Vacanti conta que, “embora a cafeína possa dar uma falsa sensação de melhor performance, quando os indivíduos são submetidos a testes objetivos, a substância não consegue, por exemplo, aumentar a concentração ou o tempo de reação. Então, qual a vantagem de se manter acordado mais tempo para estudar se o conteúdo não será fixado?"
Além disso, Ghorayeb lembra que se a pessoa não dorme o suficiente, no dia seguinte fica até mais cansada, pois não descansou o tanto que o corpo pediu. É o tal do efeito rebote, uma compensação exigida pelo organismo. Ou a pessoa dorme mais ou ingere mais cafeína, entrando em um ciclo vicioso.

Risco de viciar

Também são motivos de preocupação envolvendo energéticos a associação com álcool, cada vez mais comum entre os jovens, e o perigo de se viciar.
Segundo o cardiologista, as bebidas têm um efeito de ordem cerebral que pode criar dependência do ponto de vista físico e psicológico. “Isso também é uma constatação fácil de perceber em consultório; atendo pessoas que relatam insegurança em fazer as coisas sem energético, que só se sentem bem após ingerir a bebida”.
Assim como o álcool e outros produtos a base de cafeína (café, chocolate, etc.), o consumo excessivo pode gerar tolerância. Vacanti explica que uma pessoa mais acostumada à ingestão de cafeína pode passar a sentir menos seus efeitos e daí passa a consumir cada vez mais produtos cafeinados como forma de compensação. Só que mesmo quem é tolerante pode ser vítima dos riscos à saúde se abusar demais da quantidade

Bebidas energéticas com cafeína propiciam alcoolismo

Energético com 12% de cafeína vendido nos EUA misturado a álcool levou cinco estudantes de Washington ao hospital recentemente
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vendido nos EUA misturado a
álcool levou cinco estudantes de
Washington ao hospital recentemente

O consumo regular de bebidas energéticas com altos índices de cafeína favorecem o alcoolismo, revela um estudo com mil estudantes de universidades americanas.
A pesquisa concluiu que consumidores frequentes de energéticos cafeinados bebem álcool mais regularmente e em maior quantidade que os demais, aumentando seu risco de alcoolismo.
Os consumidores frequentes de bebidas energéticas correm ainda mais risco de sofrer problemas relacionados ao álcool, como desmaios e ressaca, e são mais suscetíveis a se machucar, revela o estudo, liderado por Amelia Arria, pesquisadora da Universidade de Maryland.
O trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla sobre o alcoolismo, que será divulgada no próximo ano.
O relatório é divulgado em meio a um intenso debate nos Estados Unidos sobre os riscos de bebidas que combinam álcool e cafeína e são especialmente direcionadas aos jovens.
Michigan, Nova York, Oklahoma, Utah e Washington preparam medidas que proíbem bebidas que combinam cafeína ao álcool, do mesmo modo que muitas universidades americanas.

Especialistas divergem sobre quantidade máxima de cafeína que se pode ingerir

De acordo com o cardiologista e especialista em medicina do esporte Luciano Vacanti, pesquisas indicam que indivíduos saudáveis e que não possuem sensibilidade à cafeína devem consumir no máximo 400 mg da substância ao dia no caso dos homens (o equivalente a 6 mg por quilo) e 300 mg no caso das mulheres (4,6 mg por quilo). “Estas são as quantidades máximas diárias, lembrando que outros alimentos também têm cafeína”, esclarece o médico.
Vacanti também explica que, de acordo com estudos clínicos, doses de até 500 mg de cafeína (um pouco mais de 6 doses de café ou energéticos) não são suficientes para afetar a frequência e nem a gravidade das arritmias. Contudo, esse limite varia muito dependendo da predisposição a problemas cardíacos e da sensibilidade à cafeína de cada indivíduo.
Já a nutricionista Patricia Rebelo e o médico Anthony Wong, chefe do Centro de Atendimento Toxicológico (Ceatox) do Hospital das Clínicas (SP) são mais rígidos em relação às quantidades. Segundo ela, o limite de cafeína por pessoa é de 2,5 a 4 mg por quilo. Para Wong, o nível de intoxicação é de 2,5 mg por quilo; “acima disso já se torna tóxico para o organismo”.
Patricia completa dizendo que estudos já relacionam a ingestão de mais de 600 mg a sintomas como taquicardia, dores de cabeça e de estômago, insônia, perda de apetite, náuseas, entre outros problemas.
Como a substância age
A cafeína possui mecanismos que podem levar a alterações metabólicas e fisiológicas, segundo Vacanti. No entanto, seus efeitos ainda são controversos. Muitos dos experimentos foram realizados em laboratórios e em animais, com doses que seriam muito altas e perigosas para os seres humanos. Nestas condições, ela contribuiria para a elevação do catabolismo de lipídios nos músculos em atividade, ou seja, aumentaria a "queima de gorduras" e também a força da contração muscular.
Quanto ao cérebro, a cafeína pode potencializar o estado de alerta e a atenção, devido à função estimulante do sistema nervoso central. A cafeína bloqueia os receptores de adenosina (cuja ligação aos receptores cérebro causa sonolência e dilatação dos vasos sanguíneos) presentes no tecido nervoso, particularmente no cérebro, mantendo o estado de excitação. Através desse mecanismo, a cafeína melhoraria a capacidade de esforço físico e mental, antes do aparecimento da fadiga. É importante ressaltar que todos esses efeitos dependem da sensibilidade e da resposta individual.


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